Em Janeiro deste ano o Governo Federal anunciou um corte de 7 bilhões na educação, entre outros cortes nas áreas sociais, visando segurar a investida de uma crise econômica mundial que chega ao Brasil. Entretanto, as medidas de austeridades que vem sendo adotadas pelo Governo tem afetado apenas os mais pobres de nosso país, enquanto isso o agronegócio recebe 30 bilhões de investimento, nos grandes jornais vemos que bancos como Itaú e Bradesco nunca tiveram tanto lucro e o empresariado pôde celebrar com alegria o avanço das terceirizações, bem como o suporte financeiro que o governo vem dando em troca da “manutenção dos postos de trabalho”.

Todas essas medidas tem impacto nocivo na vida de milhões de jovens que buscam na educação, ou no trabalho, formas seguras de mudarem sua situação social. Dentro da educação, para que estes jovens possam ter acesso pleno ao ensino, é preciso investimento na formação básica e nas universidades é preciso que exista substancial subsidio para que possam permanecer e serem assistidos em suas necessidades mais básicas como moradia, alimentação, saúde, formação, cultura, esporte e lazer.

Nós que compomos o Movimento de Casas de Estudantes (MCE) somos a parcela diretamente atingida pelos cortes. Sejam as/os que já moram em residências, ou aquelas/es que esperam por vagas, ou mesmo as/os que pretendem ingressar na universidade necessitam constantemente que o aumento da demanda seja acompanhado pela ampliação do investimento, ao invés deste ser congelado, ou sofrer diretamente percas significativas e que possibilitariam que um maior número de estudantes baixa renda possam ter as garantias mínimas de uma graduação plena sem grandes transtornos.

Em todo país são 47 Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) em greve docente (http://grevenasfederais.andes.org.br/), 60 em greve de servidores e 12 em greve estudantil, sem contar os diversos Institutos Federais e categorias públicas que se encontram paralisadas. Nas unidades que hoje se encontram em greve estudantil a mesma vem sendo composta e construída por diversos setores do Movimento Estudantil Geral, incluindo residentes que compõe os Comandos de Greve Estudantil locais, Ocupam Reitorias e participam de Atos Nacionais por entenderem que a única medida possível para que o que o MCE pleiteia, como sendo o ideal da assistência estudantil seja atendida, só poderá concretizar-se com a reversão dos cortes, para que todas as áreas necessária a nossa formação, bem como a completa implementação do PNAES, possam sair do papel.

Diante do exposto a Secretaria Nacional de Casas de Estudantes (SENCE) se posiciona publicamente em defesa da educação pública, gratuita, laica, socialmente referenciada e de qualidade e para tal convoca todas/os residentes a realizarem amplo debate em suas casas sobre a greve e a adesão ampla e completa do MCE a Greve Nacional dos IFES e sugere que sejam realizadas atividades conforme o decidido por cada casa e formação ampla sobre o PNAES e a Lei n° 214.2010.

Só a luta muda a vida!

Secretaria Nacional de Casas de Estudantes – 2015.2

 

Nota da Secretaria Nacional de Casas de Estudantes ao conjunto do Movimento de Casas de Estudantes sobre a Greve das Instituições Federais de Ensino Superior

Nota da Secretaria Nacional de Casas de Estudantes ao conjunto do Movimento de Casas de Estudantes sobre a Greve das Instituições Federais de Ensino Superior